sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Assembleia Geral de Servas Portugal

Nos termos do nº1 do artº 15º dos Estaturos de Servas Portugal - Portas Abertas convoca-se a Assembleia Geral Ordinária desta Associação para reunir no dia 20 de Novembro de 2010 (sábado) em Vila Nova de Gaia (morada consta da convocatória), com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1- Apreciação e aprovação do relatório e contas.
2- Apreciação e aprovação do relatório de actividades
3- Alteração da sede de Servas Portugal
4- Alteração dos representantes para a movimentação da conta bancária
5- Propostas para o IV Encontro Ibérico
6- Outros assuntos de interesse para a Associação.
Nos termos dos nºs 1 e 2 do artº 16º dos Estatutos desta Associação, se à hora marcada não estiver presente metade dos associados efectivos fica desde já convocada nova Assembleia Geral, a realizar meia hora mais tarde, às 16.30 horas, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, com qualquer número de associados presentes.
Agradece-se a confirmação de presença para portugal@servas.org

terça-feira, 9 de novembro de 2010

III Encontro Ibérico - Hinojosa del Duero


Ainda não decorreram assim tantos anos, que já se tenha tornado tradição, todavia o Encontro Ibérico, que reúne membros Servas de Portugal e Espanha, está-se a tornar um momento importante na vida dos seus participantes.
A 1ª edição teve lugar em 2008, em Alburquerque (Espanha) num bonito castelo convertido em Pousada. A 2ª edição foi na Serra da Estrela (Portugal) em 2009, na Pousada de Juventude. A sua 3ª edição aconteceu este ano em 30 de Abril e 1 e 2 de Maio de 2010, em Hinojosa del Duero (Espanha).
Resolvi ir até ao Porto, de comboio, de onde apanhei boleia com a Amélia e a Angélica. Decisão acertada pois, além de poupar dinheiro, fui em muita boa companhia; divertidas como estavamos a viagem decorreu rapidamente.Atravessada a fronteira, chegamos sem qualquer problema à aldeia, que nos surpreendeu pela extrema calma e beleza da paisagem circundante. Fomos as primeiras a chegar e fomos recebidas pelos organizadores, Rufino e esposa, que nos fizeram uma breve visita guiada ao pequeno hotel onde pernoitariamos. Explicaram-nos que o hotel estava reservado para o nosso grupo, a cozinha estava à nossa disposição, o pequeno-almoço seria preparado por nós (grupo todo) e depois teriamos que arrumar e limpar tudo. Como eramos os unicos hóspedes, estavamos como em nossa casa. Que maravilha!!!
Seguiu-se a chegada de outros participantes, alguns já conhecidos de encontros anteriores, pelo que aproveitamos para contar as novidades e conhecer caras novas.
Passadas umas horas fomos todos para o Restaurante ao fundo da rua, onde pudemos apreciar comida espanhola.
No dia seguinte acordamos cedo e após o pequeno-almoço seguimos para o que seria um dia intenso de caminhadas. Parte dos trajectos feitos de carro, parte feita a pé, por entre caminhos de terra alcançamos miradouros fenomenais, alguns conseguiram superar o cansaço e apreciaram a cascata sobre o rio de las Uces, admiramos o inselnberg "La Peña", alguns até tiveram a "ousadia" de o escalar!!!
Por entre tanto esforço físico, com pausas para comer e descansar, o mais bonito de se ver era a partilha desta experiência e a alegria que reinava.
Após várias caminhadas e lugares bonitos, regressamos a Hinojosa e jantamos no mesmo restaurante. Após o jantar alguns foram confraternizar para um bar perto, outros ficaram a conversar tranquilamente na sala do hotel.
No dia seguinte fomos de carro, para além da fronteira, visitar Castelo Rodrigo e Barca d'Alva, com a sua estação de comboios tristemente abandonada e vandalizada.
Nós, os portugueses, depedimo-nos nesta altura dos nossos amigos espanhois e demos assim por terminado esta fantástico fim de semana, num almoço algures a caminho do Porto.
Resta-me desejar que chegue depressa o próximo Encontro Ibérico, cá estaremos, em Portugal, prontos para proporcionar alguns dias de agradável camaradagem, em pleno espírito Servas: somos todos amigos e o mundo é a nossa casa!

terça-feira, 18 de maio de 2010

An adventure in Italy, with a very happy ending


My family is part of Servas since 1998. At that time I was 10 years old and since then we received many Servas from all over the world in our house in Viana do Castelo, a little town in the north of Portugal. I feel lucky to have grown in a house where having dinner with Servas guests was a usual thing, we made so many new friends and I remember very well most of them. I even remember once a few years ago that we had two guests at the same time! Lawrence from Australia and Benjamin from Israel, that was an interesting cultural triangle because both had fantastic life stories to tell. I also remember very well Christopher from Virginia, US. He was cycling around Europe for months and he stayed with us for a couple of days, 7 or 8 years ago. Although he was a shy person we spend a good time together and because of him I want to do the same as he was doing, travel with my bycicle for a long period. I guess I just have to find the courage to do that.
Four years ago I went to college and moved to Lisbon, where I am now, not as a Servas host anymore. I have to say that I miss having Servas guests!

Me and my family only travelled two times with Servas cause I have two younger brothers and it's not easy to find someone with space for five persons...
Well but this is precisely the reason why I'm writting, I had my first Servas experience alone last month and it was all unplanned.

I went to visit the design fair week at Milano and I arrived on 13th April (tuesday) planning to stay until 18th (sunday). What I wasn't planning was the eruption of a volcano in Iceland, three days after i arrived in Milano. At the beginning nobody was really worried but after a few days there was a massive ash cloud all over central Europe, thousands of flights were cancelled and airports closed. With no exception my flight back to Portugal was cancelled and delayed for one week.

I left the airport and went back to the city center alone, with no money left to stay in a hotel for one more week and with no idea where to go. I went to the train station and there was a big confusion with police and people trying to get in trains with no ticket, cause all the tickets were sold out for days. The day was passing and I was starting to feel desperate to find a place to sleep before it was night, worst case I was preparing myself to sleep in the airport. So I called my parents to explain my situation and ask what to do. Both immediately said - "Servas!" and I said that I didn't have any papers or Servas ID with me and that would be difficult to find someone able to receive me in the same day.
I was wrong. At the end of the afternoon, after a couple of phone calls I was in Maria Soresina's house. She received me with arms wide open and we talk about many interesting things. She introduced Servas in Italy and in the seventies she was the vice-president of Servas Italia. So she had a hand full of interesting stories about Servas, India and Dante Alighierithe, author that she is writting the third book about. At some point I was saying that I already knew everything about Milano since I was there for more than one week. She suddenly made a big smile and asked me: Do you know Venice?? - No!, I said. She picked the phone and called Mario Burlando, a Servas friend of her from Venice. And so it was, the day after I was leaving Milano by train to visit Venice and stay with Mario and his family. They also received me very well and told me all the good things to see in the city. It was an amazing and unexpected three days stay where I had time to walk around Venice and think how lucky I was to beeing in that situation. At the same time there was people sleeping in the airports and train stations, newspapers with pictures of all this chaos and I was enjoying a sunny day in Venice eating my gelato.
I left Venice to go to Milano friday morning and stopped halfway to see Verona, where I spent the whole afternoon and walked through other beatifull Italian city. At the end of the day I arrived in Milano and stayed at Maria Soresina's home, with a big smile she recieved me again for dinner.
The next morning I left to the airport and took my flight to Lisbon as planned with any constraint or even waiting line.

As I told Maria, I will always be gratefull for the existence of volcanoes.
I would like to thank Maria Soresina, Mario Burlando and his family for having me and wish them the good luck.


As Goethe once said,

"The world is so empty if one thinks only of mountains, rivers and cities; but to know someone here and there who thinks and feels with us, and though distant, is close to us in spirit - this makes the earth for us an inhabited garden."

"Die Welt ist so leer, wenn man nur Berge, Flüsse und Städte darin denkt, aber hie und da jemand zu wissen, der mit uns übereinstimmt, mit dem wir auch stillschweigend fortleben, das macht uns dieses Erdenrund erst zu einem bewohnten Garten."

"Wilhelm Meisters Lehrjahre," in Goethes Sämmtliche Werke, vol. 7 (Stuttgart: J. G. Cotta, 1874), p. 520.


Thank you,
Duarte Lima

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Celebração do 60º aniversário de Servas em Gôa, Índia



Viajar é sempre motivo de excitação e nervosismo, mas viajar para a Índia com o intuito de participar na celebração do 60º aniversário de Servas, com um programa rico em actividades e a expectativa de nos juntarmos a muitos membros Servas de outros países fez com que esta viagem fosse muito desejada. Já passaram quatro meses desde que eu e a minha filha Susana partimos rumo a Gôa, convidadas pela secção indiana. Tinhamos lido bastantes livros sobre a Índia e estavamos preparadas para as diferenças, cultural e outras, que iríamos encontrar.
O encontro teve lugar na Peaceful Society, em Kundai, província de Gôa, sítio esse bastante afastado do bulício e confusão. Juntamo-nos a cerca de 70 associados Servas, vindos da Argentina, Brasil, França, Itália, Singapura, Botswana, Tailândia, Taiwan, Coreia, Malásia, Holanda, além de uma representação esmagadora da Índia, país anfitrião.
A língua falada era o inglês, com todas as entoações e "musicalidades" imagináveis.
O lugar, a Peaceful Society, era um lugar encantado, cheio de diferentes tonalidades de verde, gerido pelo Sr. Kamani, que tenta melhorar a qualidade de vida e combater a pobreza naquela região através de programas de apoio às aldeias, ajuda às mulheres e combate à violência doméstica, entre outras coisas.
Gôa é uma província indiana onde se encontram bastantes vestígios da ocupação pelos portugueses, que dali saíram em 1961. Tem também uma costa repleta de praias exóticas, por onde se passeiam calmamente as imperturbaveis vacas, animais sagrados (que aliás marcam a sua presença em todo o lado).
Os indianos são um povo afável, sorridente, hospitaleiro e muito respeitador da Natureza.
Este é um país onde convivem em harmonia todas as religiões desde o cristianismo, hinduismo, budismo, até ao judaísmo, etc. Onde o normal é não se comer carne, nem beber alcool, nem tão pouco é normal fumar. Mas quem o quiser pode fazê-lo, em certos sítios.
No entanto a nossa estadia na Peaceful Society ficou marcada por vários incidentes que tornaram a nossa memória do evento, uma memória negativa.
Apesar de ser um sítio bonito, a Peaceful Society não tinha as condições que previamente tinhamos sido levadas a acreditar teriamos. Dormimos num dormitório (um para mulheres, outro para homens) com 30 camas, sem roupa de cama nem sítio para meter a bagagem. As casas de banho eram à indiana (um buraco no chão, sem água), sem papel higiénico nem sabonete, os duches eram feitos com um púcaro que mergulhavamos em água fria e tudo isto seria ultrapassável se o DR. Ramesh, o Secretário Nacional da Índia que foi quem organizou o encontro, nos tivesse avisado. Muitas pessoas não tinham levado saco-cama, como foi o meu caso, nem iamos prevenidos com papel higiénico, um grande problema pois a loja mais próxima ficava a meia hora de taxi!!!
Sabiamos que as refeições seriam vegetarianas, mas o que tinha sido prometido (pratos diversificados e de várias regiões da Índia) não correspondeu à realidade: serviam-nos sempre o mesmo e por vezes a comida não chegava para todos.
Mas os dissabores não ficaram por aqui...o tal programa de actividades já mencionado, que tinha sido divulgado meses antes, não foi nem de perto cumprido. Logo no primeiro dia o Secretário Nacional da Índia e organizador do encontro, o Dr. Ramesh Sharma, foi peremptório ao afirmar que não queria problemas com a polícia, a qual não tinha autorizado o nosso encontro em termos de "Conferência" pois todos os estrangeiros estavam ali com o visto de turista nos seus passaportes e por conseguinte não poderiamos "do business". Portanto só podiamos confraternizar e nada de palestras sobre o movimento Servas, Ghandi, Bob Lutweiler ou sobre os 60 anos de Servas !!!!!!!! Eu fiquei desolada pois aquele programa tinha sido a razão por que eu estava ali.

No segundo dia foi o dia do passeio: numa camioneta barulhenta e desconfortavel fomos primeiro a Velha Gôa, onde me valeu o meu Guia American Express para perceber o que estava a ver. Depois fomos a um jardim de especiarias, mas aí chegados não nos deixaram entrar pois os ingressos eram demasiado caros. Ficamos então duas horas (sem exagero) sob um sol escaldante e à beira de uma estrada perigosa, sem saber o que fazer a seguir, sem comida e sem entender por que não entravamos. Levaram-nos passado esse tempo para uma praia onde finalmente pudemos comer e descansar ou tomar banho.
De volta à Peaceful Society os ânimos estavam exaltados e formou-se então um pequeno comité que em nome de todos os participantes apresentaram ao Dr. Ramesh uma lista de queixas, basicamente sobre:
--Como foram realmente usados os cerca de 7000§ que Servas India recebeu com as nossas inscrições, visto que o alojamento e refeições não correspondiam a esse valor.
--O nosso desapontamento por não haver actividades sobre a Associação Servas, e uma lista de propostas de actividades para os ultimos dois dias, onde se incluia visitar um jardim de especiarias e uma aldeia vizinha, com a qual trabalha a Peaceful Society.
Sobre a primeira questão não houve nenhuma resposta aceitavel, sobre a segunda parece que realmente se realizaram essas visitas e até que a comida melhorou, mas eu e a Susana já lá não estavamos...fomos ao 4ª dia para uma praia de sonho (Arambola) onde ficamos 11 dias, a descansar, comer, dormir e confraternizar com indianos simpaticos e hospitaleiros que por lá conhecemos.
Apesar de tantas peripécias esta viagem à Índia foi inolvidavel e desejamos muito lá voltar, brevemente NAMASTÉ

De: Carla Kristensen

terça-feira, 27 de abril de 2010

Deixei Cortegana feliz, mas com saudades para voltar sempre que tenha "ganas"

DE ESPANHA NEM BOM VENTO NEM BOM CASAMENTO... diz-se!
Enquanto dos portugueses se dizia serem o o povo mais hospitaleiro e mais acolhedor.


O que é que aconteceu então aos portugueses que perderam essas virtudes? Hoje ninguem fala com ninguem. No teu bairro nao se vê gente na rua como dantes, nem crianças a brincar, não se dá mais a "salvação".
Se precisas falar com um vizinho recebe-te à porta e não oferece o calor da sua intimidade não vá a sua privacidade ser prejudicada.

Acabo de passar uns dias em Cortegana perto de Aracena, onde vou com alguma frequência.
É certo que tenho lá pessoas amigas mas mesmo quem não me conhece sempre diz: Hola, buenas tardes!
Estive em casa da Ana, uma professora de latim e grego que conheço faz uns anos. Conhece toda a gente e toda a gente a conhece. É professora dos filhos.
Quando lá vou, sempre me mostra algo de novo ou me apresenta alguém que ela acha eu gostaria de conhecer.
É um lugar onde há vida e alegria de viver.
Situada no alto da serra para lá dos Picos de Aroche, tem um castelo e vistas deslumbrantes. Sobretudo uma população jovem, alegre.
Não se ouvem lamentos constantes por causa da crise. Trabalha-se ainda mais para não se deixar vencer.

É lindo e reconfortante ver os jovens participar na vida familiar e social. Não há festa que não se vejam as ruas cheias de gente, vestida a preceito, dar um colorido e alegria inigualáveis à sua terra.

O Miguel, aluno de Ana, vive com os pais numa quinta em "Al Patrás" cerca de 20 km de Cortegana. Aí passa os fins de semana e diz que não sente vontade de sair para outro lado. Tem lá as suas tarefas.
Todos trabalham na exploração de mel que os trouxe de Salamanca para a serra de Aracena onde se instalaram.
Têm milhares de colmeias e o Miguel tem umas quantas a seu cargo que correspondem ao seu soldo.Alem disso tem também a horta e as galinhas para cuidar.
Foi mostrar-me, com orgulho, como se extrai o mel e o polen que é riquissimo em substancias medicinais. Dele se extrai o "própolis" riquissimo antibiótico natural.
É fascinante ver, principalmente nesta época do ano, como esses insectos tão valiosos, povoam a serra e zumbem por todo o lado poisando nos milhares, ou milhões, de flores à procura da matéria prima e levá-la para a colmeia para cumprir a sua tarefa. São um exemplo de trabalho e disciplina que deveríamos prestar atenção e apreciar. São elas que contribuem para manter o equilibrio e a vida na terra. Lindo!
O polen, pensava eu, era manipulado a partir do mel. Mas aquele granulado amarelinho é deixado pelas abelhas logo à entrada da colmeia, numa caixinha colocada para o efeito e que serve de "tapete para limpar os pés" onde fica depositado, prontinho a ser utilizado e nos faz tanto bem.
Um milagre que eu nem acreditava. Obrigada Miguel!

Se valorizassemos mais o campo e as serras e conhecessemos estes processos que estão aí ao nosso dispor,não haveria necessidade de sermos tão bons clientes das farmacias e hospitais.

Quando chegamos encontramos a familia reunida à mesa comendo uns doces tipicos da Pascoa que a família de Salamanca lhes havia mandado.
Com a maior insistência e sinceridade convidaram-nos a sentar à mesa com eles. Enquanto isso já se punha a comida nos pratos. Fomos depois fazer uma caminhada pela serra e o Miguel ia-nos ensinando o nome das muitas e variadas espécies de flores e plantas locais, que ele conhece e acarinha todas de igual forma pois sabe o que lhes devemos.

Mesmo ao lado vive outra familia que se dedica ao fabrico de queijo de cabra e lá fomos em peregrinação visitar os vizinhos e ver como vivem e fazem o queijo. Têm também um restaurante à beira da estrada que é paragem obrigatória, para quem passa por ali a caminho de Huelva, para se abastecer de queijo, presunto (pata negra da região).
Nova comunhão à mesa, em alegria e amizade.
Além disso encheram-nos de presentes: mel, polen, queijos, ovos e o tio José, senhor de quase oitenta anos, cuja ocupação principal são os "caballos" me "regalou" duas ferraduras velhíssimas que eu havia comentado se não haveria por ali e não tivessem já utilidade. O tio José saiu de imediato e, em cinco minutos estava de volta com duas relíquias.


Esta estadia foi especialmente rica em novos conhecimentos e experiencias.

Logo no inicio fomos a casa do alcaide de um "pueblo" proximo ,chamado Galaroza, buscar um perrito Labrador de dois meses que é uma maravilha da natureza. Parece uma bolinha de veludo que passava o dia atrás de mim pedindo brincadeiras e carinhos. Quando não, deitava-se sobre os meus pés. Que doçura.
A Ana nomeou-o de Argos. Argos era o cão de Ulisses que ao regressar depois de 20 anos de ausencia, foi o único que o reconheceu. Abanou o rabinho..., caiu para o lado... e não mais se levantou.
A Ana passa os dias dando classes. Envolvida com as suas tarefas pouco nos viamos, só à noite. Argos e Dana, outra cadelinha caniche que está no fim da sua estadia sobre a terra, ao principio muito ciumenta depois ficou indiferente às tropelias do perrito que não parava 5 minutos num constante desafio para brincar com ela.
A primeira vez que os levei a passear na rua o pequenito nem sabia andar pela trela. Deu-me algum trabalho a ensiná-lo e a recompensar constantemente Dana da sua paciencia para partilhar com o "macaquinho" a minha atenção.
O pior era a noite: O bébé via todos subirem ao piso de cima para dormir e ele tinha que ficar em baixo (?). Chorava toda a noite e ninguem dormia. Após duas noites de sofrimento (para todos) o macaquinho descobriu que era capaz de subir as escadas até cima e choro ficou mais perto.
A Ana cedeu à estratégia do animalito e cedeu-lhe um espaço em cima. Escusado será que, desde então, ocupou o lugar pelo qual lutou e o choro acabou. Pudemos então dormir todos em paz.

Carinhos de um, carinhos de outro, assim passou rapida a minha estadia em Cortegana.

Entretanto Reyes, outra amiga muito querida veio visitar-me. Fomos dar um passeio e, mais uma vez, acumulei presentes e amor.

Não acabou a minha visita sem participar numa actividade organizada por um Club local - um curso de xadrez para o qual se deslocaram da Estremadura o campeão europeu da modalidade e um psicologo desportista que nos falou dos beneficios do xadrez para todas as idades, desde "niños" de 4 a 5 anos até idosos de qualquer idade.
Este curso seguido de torneio vai prolongar-se ate fins de Junho.
Apesar de eu informar que não podia participar por muitos dias, fui aceite sem qualquer sinal de indecisão.

No final da minha participação o campeao Manuel Pérez Candelário e Juan Amtónio Montero (psicologo desportista) ofereceram-me um livro de xadrez de sua autoria e um tabuleiro regulamentar com as respectivas peças.

Deixei Cortegana feliz mas com saudades para voltar sempre que tenha "ganas".


De: Delfina Nascimento, Lisboa

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Susana Kristensen in the Spanish Youth Meeting


Hi. my name is Susana. Last month, from the 12th to the 16th March I was in a Servas meeting in Valencia, Spain. It was a great experience and it made me want to participate in further Servas meetings of this kind, specially those made by and with young people.
There, I met many nice people and I also made a friend "for life", my dear friend from Holland.
The organisation was very impressive and I felt good, and allways having something to do, there were allways activities happening. Some of the people could have tried to speak more in english, my spanish is very bad....but, no problem :-)
The "Fallas de Valencia" is the biggest event in Valencia and it was something really extraordinary. I was there together with my dutch friend, Vera.
After the Servas Meeting I went to a Servas host's apartment. He was so nice that he let us stay there, some of us who wanted to accompany the Fallas day and night events.
The Fallas are some huge sculptures that eventually will burn before the public's eyes. It was unbelievable to watch those big, beautifully decorated and artistic huge sculptures, burning out.Magical and painful to watch....
Susana Duro, the spanish organiser of the Meeting, made us feel comfortable in this small town, that was flooded by people, mainly tourists. So I want to thank Susana for all her help, and I also want to thank Jorge, for letting me stay in his apartment in Valencia. Muchas gracias.........

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

BOM ANO 2010
JÁ INICIAMOS UM NOVO ANO, SEGUNDO O CALENDÁRIO CRISTÃO CATÓLICO, PELO MENOS.
ESPERAMOS QUE ESTE ANO TRAGA MUITA ALEGRIA, MAIS PAZ NO MUNDO E À NOSSA VOLTA, A OPORTUNIDADE DA VIAGEM DOS NOSSOS E VOSSOS SONHOS, MUITOS AMIGOS E MUITAS AMIGAS E MAIS IMPORTANTE QUE TUDO....QUE A SAÚDE SEJA SEMPRE A MELHOR :-))
A EXPERIÊNCIA DE SER UM ANFITRIÃO OU VIAJANTE SERVAS É INOLVIDÁVEL E ENRIQUECEDORA. GOSTARIA DE PUBLICAR AQUI ARTIGOS SOBRE ESSAS EXPERIÊNCIAS. ESTE BLOG É PARA SER USADO, LIDO E DISFRUTADO POR TODOS OS MEMBROS DE SERVAS, EM PORTUGAL E NÃO SÓ. SE FÔR SÓ EU, CARLA, A ESCREVER, ISTO ARRISCA-SE A SER UM POUQUITO ENFADONHO E NÃO SEI SE TEREI ASSIM TANTA DISPONIBILIDADE E IMAGINAÇÃO HEHEHE :-))
ESPERO PORTANTO QUE ME/NOS ENVIEM OS VOSSOS ARTIGOS PARA :
PORTUGAL@SERVAS.ORG

AQUI VAI UMA FRASE LINDA, COMO ALIÁS SÃO TODAS DE GHANDI

"YOU MUST BE THE CHANGE YOU WANT TO SEE IN THE WORLD"